Começou aqui a historia do nosso velho e querido Pardo, Sua nascente é berço esplêndido, ali na serra do Espinhaço, no município de Montezuma e Santo Antonio do Retiro, tímido e bem modesto incia-se, a sua corrida rumo ao mar. No trajeto muitos afluentes se agrupam para formar um volume considerável de águas, que a medida que se aproxima de Canavieiras ali na foz, toma proporções jamais imaginada pelos moradores do Alto Rio Pardo, que por falta de oportunidade ou mesmo desinteresse, não manifesta conhecer a foz, onde nosso amado rio se agrupa, formando uma imensidão de água que se une ao oceano atlântico e demais mares do globo.
Deveríamos pois começar a mobilizar pessoas que gostam de viajar para no momento próximo podermos fazer uma bela caraVANa intitulada de RUMANDO À CANAVIEIRAS, DA NASCENTE A FOZ DO PARDO.
Rio Pardo - O Rio de Canavieiras
O Rio Pardo nasce na Serra Geral no Município de Rio Pardo de Minas, hoje município de Montezuma no Estado de Minas Gerais, a cerca de 750 metros de altitude. Ele tem 565 Km da nascente até a sua foz, na Cidade de Canavieiras, no Estado da Bahia, onde deságua no Oceano Atlântico. Do seu comprimento total, ele percorre 220 Km no Estado de Minas Gerais e 345 Km no Estado da Bahia, sendo, portando, um rio de comprimento razoável. Os seus principais afluentes são o Rio Pardinho, Rio Preto é o Rio Mosquito, ainda no território de Minas Gerais, estado onde o rio inicia o seu percurso.
A sua Bacia Hidrográfica é de 32.334 Km², sendo que deste total, apenas uma pequena parte fica no território do Estado de Minas Gerais, e o restante, portanto, fica no estado da Bahia.
A Ponte do Lloyd e o Rio Pardo em Canavieiras-BA |
A CEMIG construiu, no Rio Pardo, a Barragem Hidrelétrica em Machado Mineiro, que regulariza a vazão do rio e permite que a água represada sirva para a irrigação da agricultura que floresce em suas proximidades. A CEMIG também contribui para o povoamento do rio com espécies nativas, o que favorece a atividade dos pescadores em toda a sua extensão.
Em sua foz, na cidade de Canavieiras, o rio é largo, piscoso e com um porto que já foi um dos mais importantes do Estado da Bahia. Também é nessa região que o rio apresenta as suas mais belas paisagens, deixando os turistas extasiados com tanta beleza.
A Ponte do Lloyd, uma das Sete Maravilhas de Canavieiras, está localizada justamente no Rio Pardo, formando, os dois, a ponte e o rio, um conjunto que é um dos mais belos do Estado da Bahia.
Barcos no Porto de Canavieiras, no Rio Pardo,Tendo ao Fundo a Ponte doLloydNavios no Porto de CanavieirasUm Passado Que Não Volta Mais
O Cais do Porto de Canavieiras, no Rio Pardo, até meados da segunda metade do século passado, era um grande porto fluvial, que recebia navios de pequeno e médio porte. Era o Porto Grande, denominação pelo qual ele era conhecido.
Esse porto era muito movimentado, pois era frequentado por navios mercantes e de passageiros, pois as viagens, naquele tempo, só podiam ser feitas através de navios ou aviões. Além dos navios, o porto tinha uma grande profusão de barcos, dos mais variados tamanhos, e de canoas, que transportavam o cacau plantado nas lavouras que ladeavam as margens do Rio Pardo para ser embarcado nos navios.
Uma das companhias, cujos navios atracavam no Porto de Canavieiras, era a Companhia de Navegação Baiana, estatal pertencente ao Governo do Estado da Bahia que explorava linhas de navegação marítima e fluvial no Estado da Bahia e em alguns trechos de outros estados do Brasil, indo, por um certo período, até a Argentina, para onde levava o cacau da Bahia e trazia o trigo da Argentina.
A Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro, por um certo momento, a maior companhia de navegação marítima das américas, também atracava os seus navios no Porto Grande, em Canavieiras, objetivando o transporte de mercadorias e passageiros.
Há de se notar que ainda hoje o Lloyd Brasileiro se faz presente em Canavieiras, não através de seus navios, mas através da ponte que leva ao seu nome e que é uma das Sete Maravilhas da cidade. Já a Ponte da Baiana, feita de madeira e onde atracava os navios da Companhia Baiana de Navegação, foi destruída para a construção de um pier de concreto armado quando da revitalização do Centro Histórico de Canavieiras.
A estiva, no Porto Grande, em Canavieiras, era tão intensa que comportava inúmeros trabalhadores, que eram representados, profissionalmente, pelo Sindicato dos Trabalhadores na Estiva do Porto de Canavieiras, localizado na Rua da Jaqueira. Hoje o sindicato não existe mais e em ruínas está o prédio onde ele estava instalado.
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