quinta-feira, 15 de março de 2012

RIO PARDO DE MINAS!! - NAVEGANDO PARA O MAR - CANAVIEIRAS

        Começou aqui a historia do nosso velho e querido Pardo, Sua nascente é berço esplêndido, ali na serra do Espinhaço, no município de Montezuma e Santo Antonio do Retiro, tímido e bem modesto incia-se, a sua corrida rumo ao mar. No trajeto muitos afluentes se agrupam para formar um volume considerável de águas, que a medida que se aproxima de Canavieiras ali na foz, toma proporções jamais imaginada pelos moradores do Alto Rio Pardo, que por falta de oportunidade ou mesmo desinteresse, não manifesta conhecer a foz, onde nosso amado rio se agrupa, formando uma imensidão de água que se une ao oceano atlântico e demais mares do globo.

        Deveríamos pois começar a mobilizar pessoas que gostam de viajar para no momento próximo podermos fazer uma bela caraVANa intitulada de RUMANDO À CANAVIEIRAS, DA NASCENTE A FOZ DO PARDO.


                 Rio Pardo - O Rio de Canavieiras


  O Rio Pardo nasce na Serra Geral no Município de Rio Pardo de Minas, hoje município de Montezuma no Estado de Minas Gerais, a cerca de 750 metros de altitude. Ele tem 565 Km da nascente até a sua foz, na Cidade de Canavieiras, no Estado da Bahia, onde deságua no Oceano Atlântico. Do seu comprimento total, ele percorre 220 Km no Estado de Minas Gerais e 345 Km no Estado da Bahia, sendo, portando, um rio de comprimento razoável. Os seus principais afluentes são o Rio Pardinho, Rio Preto é o Rio Mosquito, ainda no território de Minas Gerais, estado onde o rio inicia o seu percurso. 

   A sua Bacia Hidrográfica é de 32.334 Km², sendo que deste total, apenas uma pequena parte fica no território do Estado de Minas Gerais, e o restante, portanto, fica no estado da Bahia.

A Ponte do Lloyd e o Rio Pardo em Canavieiras-BA 

       A CEMIG construiu, no Rio Pardo, a Barragem Hidrelétrica em Machado Mineiro, que regulariza a vazão do rio e permite que a água represada sirva para a irrigação da agricultura que floresce em suas proximidades. A CEMIG também contribui para o povoamento do rio com espécies nativas, o que favorece a atividade dos pescadores em toda a sua extensão.
     Em sua foz, na cidade de Canavieiras, o rio é largo, piscoso e com um porto que já foi um dos mais importantes do Estado da Bahia. Também é nessa região que o rio apresenta as suas mais belas paisagens, deixando os turistas extasiados com tanta beleza.
     A Ponte do Lloyd, uma das Sete Maravilhas de Canavieiras, está localizada justamente no Rio Pardo, formando, os dois, a ponte e o rio, um conjunto que é um dos mais belos do Estado da Bahia.



Barcos no Porto de Canavieiras, no Rio Pardo,Tendo ao Fundo a Ponte doLloyd




Navios no Porto de Canavieiras

Um Passado Que Não Volta Mais

Navio Não Identificado no Porto de Canavieiras no Ano de 1955 -
 Foto de Cartão Postal

O Cais do Porto de Canavieiras, no Rio Pardo, até meados da segunda metade do século passado, era um grande porto fluvial, que recebia navios de pequeno e médio porte. Era o Porto Grande, denominação pelo qual ele era conhecido.

Esse porto era muito movimentado, pois era frequentado por navios mercantes e de passageiros, pois as viagens, naquele tempo, só podiam ser feitas através de navios ou aviões. Além dos navios, o porto tinha uma grande profusão de barcos, dos mais variados tamanhos, e de canoas, que transportavam o cacau plantado nas lavouras que ladeavam as margens do Rio Pardo para ser embarcado nos navios.

Uma das companhias, cujos navios atracavam no Porto de Canavieiras,  era a Companhia de Navegação Baiana, estatal pertencente ao Governo do Estado da Bahia que explorava linhas de navegação marítima e fluvial no Estado da Bahia e em alguns trechos de outros estados do Brasil, indo, por um certo período, até a Argentina, para onde levava o cacau da Bahia e trazia o trigo da Argentina.

A Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro, por um certo momento, a maior companhia de navegação marítima das américas, também atracava os seus navios no Porto Grande, em Canavieiras, objetivando o transporte de mercadorias e passageiros.

Há de se notar que ainda hoje o Lloyd Brasileiro se faz presente em Canavieiras, não através de seus navios, mas através da ponte que leva ao seu nome e que é uma das Sete Maravilhas da cidade. Já a Ponte da Baiana, feita de madeira e onde atracava os navios da Companhia Baiana de Navegação, foi destruída para a construção de um pier de concreto armado quando da revitalização do Centro Histórico de Canavieiras.

A estiva, no Porto Grande, em Canavieiras, era tão intensa que comportava inúmeros trabalhadores, que eram representados, profissionalmente, pelo Sindicato dos Trabalhadores na Estiva do Porto de Canavieiras, localizado na Rua da Jaqueira. Hoje o sindicato não existe mais e em ruínas está o prédio onde ele estava instalado.  


Navio 2 de Julho da Companhia de Navegação Baiana, Logo Depois de
sua Chegada da Alemanha em 1938



Iemanjá Protege o Porto de Canavieiras

Iemanjá no Porto de Canavieiras em 02-02-2011, Quando Foi Comemorado
a Sua Data Festiva
A estátua de Iemanjá é um dos símbolos do Porto de Canavieiras, onde está erguida em uma minúscula ilha artificial no Rio Pardo, bem próxima às margens, de onde os turistas a visualizam e a fotografam para os seus álbuns de recordações.

Canavieiras tem muito a ver com Iemanjá, pois as duas foram, na mesma ocasião, cenários da novela Porto dos Milagres, filmada em 2001 pela Rede Globo de Televisão, que alcançou altos índices de audiência em todo o Brasil e projetou Canavieiras no cenário nacional.

A estátua é muito vistosa, colorida e chama a atenção de qualquer um que passe pelo cais do porto de Canavieiras. A estátua está constantemente florida, provando assim, que ela é bem aceita por grande parte da população canavieirense.

Além disto, ela proteja os pescadores que partem para o alto mar, já que ela é, no sincretismo religioso, a Nossa Senhora dos Navegantes da Igreja Católica.

Imagem de Iemanjá no Rio Pardo, em Canavieiras - Foto de Regis Silbar em
02-02-2011, Dia de Sua Festividade

Casarões Antigos do Tempo dos Coronéis do Cacau em Canavieiras

Casarão Antigo em Canavieiras-BA
Espalhados por quase todos as ruas do Centro Histórico de Canavieiras, inúmeros casarões ainda resistem ao tempo, alguns muito bem conservados, outros não, mas todos com uma personalidade própria que embeleza a cidade e a transforma num museu à céu aberto, retratando o tempo da riqueza oriunda do cultivo do "Theobroma cacao", o nosso singelo cacau.
Casarão Antigo em Canavieiras-BA



Casarão Antigo em Canavieiras-Ba

Até meados do século passado, a riqueza se transformava em construções suntuosas, onde os coronéis do cacau ostentavam e disputavam entre si, a primazia de residir nos mais bonitos casarões que ornamentavam as largas ruas da cidade.


Casarão Antigo em Canavieiras-BA
Casarão Antigo em Canavieiras-BA
Hoje, este tempo é apenas uma lembrança do passado, pois o cacau quase nada mais representa, em termos econômicos, para a cidade. Mas, os casarões antigos ainda continuam de pé, aguardando o tempo passar, para que as futuras gerações possam admirar o que restou de um passado que colocou Canavieiras entre as cidades mais ricas e importantes da Bahia.  
Casarão Antigo em Canavieiras-BA
Casarão Antigo em Canavieiras-BA










  

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